DESCONSTRUÇÃO DO SER

Já no momento que o individuo nasce, inicia-se um longo processo de construção espiritual deste ser.  Mesmo aquilo que está consolidado em seu espirito, que é  a hereditariedade espiritual, passa por intensa  transformação, moldada pelas condições de vida e pelo ambiente em que este se desenvolve.  Após determinada  idade, que varia de pessoa para pessoa, está então moldado aquele ser – sua essência, suas características espirituais. Por exemplo, um árabe nascido e criado na Arábia, nunca será possível que ele venha a ter  hábitos, estilo de vida ou  estrutura de pensamento  de um ribeirinho, nascido na barranca do Rio Piracicaba. As características espirituais básicas de seu ser  foram moldadas dentro da sua cultura, bem diferente da outra.

Na fase adolescente desenvolvem-se  as  expectativas de futuro e escolhas:  estudar para ter uma boa profissão, seguir a carreira do pai,  tornar-se  atleta, ser  empresário, ser policial, casar, ter filhos e assim por diante. Alguns, nesta fase, por negligência ou abandono dos pais, má companhia ou outras causas, estão sujeitos a seguir  um caminho errado e perigoso.

Chega o momento em que este individuo tem que caminhar por si, quando  passa a prover,  com seu trabalho,  seu próprio sustento.  É um momento de autoafirmação, maior confiança em si, maior comprometimento  nas ações, mais responsabilidade  e onde suas palavras são mais ouvidas.  O que se espera deste individuo é que seja um cidadão de bem, responsável, que pelos erros e acertos  prospere e  cresça espiritualmente  durante sua  caminhada.

Neste momento pode acontecer um processo que eu chamo de desconstrução do ser. Comum em instituições religiosas, faculdades  e em partidos políticos, alguns indivíduos, nestes lugares, passam por um intenso processo de doutrinação, que os transformam  em um ser servil,  subserviente, submisso, os tais carneirinhos.

Para os mais inseguros e de baixa formação intelectual  (não escolaridade), pode acontecer uma  verdadeira sabotagem em sua essência. Nas religiões, o individuo gradualmente vai perdendo  sua identidade própria e então começa a imitar seus preceptores na maneira de falar, nos gestos,  nas palavras altissonantes, salvadoras,  que passam a ser a tônica de seu discurso, como  Deus, Jesus, amor, a voz vai se tornando baixa e sedosa e nota-se a imitação até nos trejeitos, acreditando que assim está evoluindo espiritualmente. Pode mesmo não ter mais opiniões próprias, pois desaparece a sua capacidade de pensar por si, não há mais variáveis de pensamento, passa a  repetir  sempre e somente o que ouve de seus  preceptores.  Para defender a corporação a que pertence,  se lhe for conveniente,  omite-se  diante da injustiça, cala-se diante da mentira,  curva-se  diante da inconsequência, pois o corporativismo, percebe logo, lhe é vantajoso. Alguns, acreditando ser discípulos de Jesus,  nem percebem que  se apressam em cortejar o agressor, seu preceptor a quem seguem, quando vê seu irmão ser esbofeteado  por este.
Passam a repetir sempre aquilo que os outros gostam de ouvir. Numa fase mais adiantada, se transformam em  bajuladores, lisonjeiros.

Nas faculdades e escolas, quando encontram  um ou mais professores que abraçam causas coletivistas distorcidas, são facilmente influenciados por estes com doutrinas que se transformam em ideologias, onde  seu  mundo vai se atrofiando e este passa a ser dirigido por ideias cegas, fora da realidade, criando em sua mente ilusões, fantasias e que vem a ser a tônica de sua vida.
Esta “doutrinação” também acontece em partidos políticos que se apropriam da mente destas pessoas, normalmente jovens, transformando-as em marionetes que lutam por causas na maioria das vezes inconsequentes, que só interessam a poucos que querem galgar o poder e/ou se manter  nele a qualquer custo.

Alguns indivíduos  chegam a  desenvolver em seu interior um intenso processo de dependência, de insegurança e hesitação. Qualquer atitude sua tem que estar escorada em alguém  que  acredita ser superior a si. O individuo perde  aquela ousadia própria em se  arriscar nos negócios, procurar um emprego melhor,  dar uma guinada em sua vida se necessário. Sua autoconfiança desmorona e ele passa então a ser completamente dirigido pela instituição que o moldou. Só se vê como  bonzinho, bonzinho, cumpridor de ordens, mas num estágio mais adiantado começa a ter dificuldades de sobrevivência.  A sua fragilidade espiritual cresce de tal maneira que não encontra  mais forças  para prosperar na vida. Vem então a resignação e o conformismo.

Um pai, quando percebe seu filho nesta situação, tem que agir rápido pra ter tempo de corrigir a rota e não permitir que o filho embarque nesta canoa furada repleta de fanatismo.

Por isso, você adolescente, você adulto, você de mais idade, seja sempre firme, determinado, tenha opiniões próprias, jamais se omita diante da injustiça, se cale diante da mentira, se curve diante da inconsequência. Não queira ser herói, mas uma pessoa com coragem e determinação sempre respeitando e ouvindo o próximo e sempre fazendo um exame criterioso antes de embarcar na ideia do outro.  Pessoas assim podem, em algum momento,  ser incompreendidas, perseguidas, censuradas, mas num tempo mais longo, são as pessoas mais respeitadas, mais ouvidas, são as que conquistam notável liderança entre seus familiares, no trabalho, na instituição a que pertencem e em outros lugares que costumam frequentar.
Manoel de Almeida
07/nov/2014

CORRUPÇÃO NO BRASIL


Como se define corrupção nos dicionários? Obter vantagens utilizando o poder que o cargo lhe concede. Porém, existem diversas  formas de corrupção que  uma só definição não consegue abranger.
Vamos falar da corrupção dos órgãos públicos, mas nas empresas privadas ela também acontece,  porém  não causa danos ao erário público diretamente. As empresas que  não combatem a corrupção dentro de casa irão, seguramente, quebrar.

As formas mais conhecidas são aquelas que o funcionário público utilizando o poder que o cargo lhe concede, cobra  propina para, por exemplo,  aprovar mais rapidamente um projeto;  em conluio com o fornecedor, superfatura a compra de mercadorias e/ou serviços que um órgão público adquire;  libera o pagamento de um precatório cobrando uma percentagem do valor pago; etc.
 Quando a inciativa parte do interessado e não do funcionário público, esta maneira de agir é conhecida como suborno, que é também uma forma de corrupção. Outra muito comum e até mais grave é aquela conhecida como extorsão, em que um agente do governo, para não multar um sonegador, prender um contrabandista, um traficante,  monta  uma operação de intimidação, exigindo pesadas somas do infrator com regularidade e assim deixa-lo livre para agir.

Mas há outras formas que vêm disfarçadas, dissimuladas, pouco conhecidas do público, que eu classifico como corrupção também, apesar de alguns não aceitarem que se use este termo. Aparentemente têm pouco impacto nas contas do governo, mas como são em grande quantidade, os danos ao erário tornam-se enormes:
·         Não é corrupto, aquele funcionário público que só aparece no final do mês para receber?  Aliás, hoje nem precisa aparecer, o depósito é feito em conta bancária.
·         Não é corrupto aquele servidor público que, fingindo estar sempre doente, consegue enganar o médico  e afastando-se  por longo tempo, ganha sem trabalhar?
·         Não é corrupto  aquele funcionário, chefe de um setor, que para atender indicações políticas, aceita excesso de funcionários em seu departamento? Muitas vezes este excedente de funcionários  é direcionado para trabalhar para partidos políticos, sindicatos e outros.
·           Não é corrupto aquele funcionário que utiliza bens públicos para interesses próprios?  Não é raro  políticos e outros servidores mais graduados utilizarem automóveis e até aviões pertencentes ao governo,  para levar a família para passeios e férias e com despesas pagas pelo poder público.
Enfim as formas de corrupção são muitas.

Eis a questão que nos preocupa: "A corrupção está aumentando no Brasil?"
A resposta é:  está.

Quanto mais o Brasil caminha para o socialismo, mais a corrupção aumenta. Você sabia que os 20 países mais corruptos do mundo são ditaduras comunistas ou socialistas?
E a explicação a esta questão é simples. O socialismo, conforme expliquei em meu outro artigo, é um  sistema onde o governo tem controle total sobre a economia, isto é, onde não há liberdade para se produzir, empreender, prosperar, crescer individualmente. Este sistema onde a economia de mercado não é respeitada, é que cria as condições ideais à corrupção. Vejamos as mais comuns:

1. Empresas estatais com grande poder econômico que movimentam bilhões. Para se fazer contratos de venda/compra de mercadorias, máquina ou serviços com estas Estatais, somente tem acesso empresas ligadas a grupos políticos. Generosas comissões é que irrigam os caixas dos partidos políticos.


2. O governo é quem é responsável pelas grandes construções:  metrôs,  ferrovias, grandes rodovias, refinarias de petróleo, aeroportos, portos marítimos e fluviais, etc. O governo não executa a obra,  mas contrata as grandes Empreiteiras. Quase sempre os valores são superfaturados, canalizando este  sobre-preço para o bolso dos funcionários corruptos.


3. Bancos estatais que financiam projetos de empresas ligadas diretamente a  caciques de partidos políticos. Dos valores liberados, uma percentagem é que vai para o bolso dos  funcionários corruptos e/ou financiar os gastos dos partidos políticos.


4. Quantidade enorme de “entidades” que o governo cria e que lhes dão sustentação política, pois dependem de verbas para sua sobrevivência – ongs, sindicatos, cooperativas mantidas pelo governo, movimentos dito sociais que recebem polpudas verbas para adularem o governo, etc.  A maioria não presta contas, mas mesmo que prestassem  é impossível fiscalizar todas e assim nenhuma  é  fiscalizada.


5. Excesso de leis para “regulamentar” a economia, isto é cria-se uma enorme burocracia  para dificultar a vida do cidadão que fica totalmente dependente do poder público para exercer suas atividades.


No sistema socialista a propina passa a fazer parte do dia a dia do cidadão, que inerme tem que  pagar um “pedágio”, diga-se propina,  para atender  mais fácil e rapidamente as exigências burocráticas individuais ou de sua Empresa, pois o cidadão está a mercê do poder público. E ele aprende rapidamente  que é perigoso e pouco adianta denunciar uma situação de corrupção, pois mesmo que reúna todas as provas necessárias,  os funcionários corruptos podem até ser pegos e punidos,  o que raramente acontece, mas o cidadão ou a sua Empresa,  será perseguido  pela corporação, desmoralizado e seu negocio irá a falência.

Poderia descrever aqui mais dezenas  de outras formas que o sistema socialista propicia para a criação da corrupção.  Em outras palavras: é a corrupção que dá sustentação a um governo socialista e ele não consegue  existir sem ela.
Manoel de Almeida
04/10/2014                                                                                                                                                                          

A Sociedade e seus Valores

Gosto de observar o comportamento da sociedade, seus anseios e necessidades e também observar as mais diversas compreensões a respeito dos assuntos sérios. Algumas pessoas ditam comportamentos, ou seja, o que elas dizem ou fazem são repetidos pelos  menos pensantes.

Observo que é costume no Brasil por parte de alguns intelectuais, e isto já vem de longe, romantizar e até transformar em heróis alguns notórios bandidos, traficantes e condenados pela justiça.
Parece que alguns intelectuais deste país gostam de propagar que a malandragem e o banditismo estão no sangue do brasileiro e por isso podem  ser tolerados e aceitos, transformados em piadas e brincadeiras.
Humanizar a figura do delinquente, transformar notórios guerrilheiros e agitadores em heróis de uma causa, são para estes intelectuais  a idealização do bem. Para estes, ladrões e assassinos  não são tão maus assim, mas produtos da  sociedade consumista em que vivemos; a polícia  e as classes superiores a quem ela serve são sempre más.

Também tenho notado ultimamente que sociólogos, psicólogos, cientistas políticos e outros estudiosos do assunto, vêm propagando  que o  banditismo é o reflexo passivo de uma sociedade injusta ou a expressão de uma revolta popular fundamentalmente justa.
Desta maneira, ações de vandalismo, invasões da propriedade alheia, tomada dos espaços públicos por manifestações de caráter político/partidárias, delinquência juvenil e outras, têm sempre as suas justificativas e por isso podem ser toleradas e aceitas.

Pouco importa que a contravenção e o crime sejam atos intencionais, desde que sejam praticados em nome de uma causa. A intenção e a culpa estão revogadas por um ativismo político praticado no coletivismo, basta se reunir 10 ou 20 cidadãos, vestir uma camiseta vermelha e um boné na cabeça.  Chamamos  de ativistas, eles são os cobradores de uma dívida social e assim tudo pode. Seus atos são justos, pois acreditam que a natureza conferiu direitos iguais a todos e assim merecem  receber uma parcela total que a natureza lhes outorgou.
Com esta maneira de pensar, instaura-se a crença de que o dever de ser bom e justo e respeitar as leis é válido  primeiro à sociedade e só depois aos indivíduos.
O esforço moral máximo de um indivíduo que é procurar ser justo, mesmo em uma sociedade injusta, não tem mais sentido. Será possível construirmos uma sociedade justa com “responsabilidade social” e não mais responsabilidade pessoal?

Na compreensão de alguns, quando um morador de favela comete um crime de morte deve ser tratado com clemência, porque pertence à classe dos excluídos e, portanto, inocentes.  Não é mais a ação que é preponderante no julgamento. Julga-se o indivíduo pelo que ele representa,  não pelo que fez.
Quando um indivíduo de qualidade moral duvidosa é morto em um cerco policial, toda ou quase toda a sociedade demoniza a polícia, enfraquecendo toda a instituição, como se fosse possível a existência da sociedade sem a policia. Políticos e celebridades costumam agir assim, procurando atrair para si a simpatia popular. Ai meu Deus, quanta hipocrisia.
Ideias assim, que hoje vêm das autoridades, dos intelectuais e dos chamados formadores de opinião, fortalecem o banditismo, aumentam a criminalidade, disseminam a discórdia, a indisciplina e o ódio, fomentam o conflito e o que é mais grave, enfraquecem o poder judiciário.

O individuo trabalhador, cumpridor dos seus deveres, fica a mercê de uma estranha justiça, que lança sobre a vítima a culpa pelos erros de uma entidade abstrata “o sistema” – “a sociedade injusta” - ao mesmo tempo que isenta o delinquente das suas responsabilidades pelos seus atos pessoais.
Que valores tem uma sociedade que assim estamos construindo?
Manoel Almeida
07.10.2014 

Liberdade no Ocidente e no Oriente

A história da humanidade é uma história de tirania. Durante um período grande da história do homem, a grande maioria da população foi escrava, submissa, servil, praticamente sem direitos.
De repente, no século XVIII, a Europa que vivia num período de trevas, acorda. Surgem então dois movimentos que foram decisivos para retirar a Europa da escuridão em que se encontrava: a revolução industrial na Inglaterra e o Iluminismo na França.

O conceito de liberdade  começa então a ser melhor compreendido por um grande número de pessoas, inclusive pelos reis e ditadores tão avessos à mudanças. As consequências são: a  abolição da escravidão, abolição do servilismo, supressão da tortura, direito de todos os cidadãos de se  defenderem de uma acusação, que  até então era permitido somente aos nobres, direito à propriedade, fim das punições cruéis, direito ao credo religioso na sua pluralidade, direito ao cidadão de se  expressar livremente, do cidadão de se educar, o que até então era privilégio somente dos clérigos e nobres do sexo masculino, direito às mulheres de trabalharem fora, antes somente privilégio dos homens. Estes e outros direitos, a partir do século XVIII, começam a se consolidar na civilização ocidental.

Ao garantir aos indivíduos o direito à liberdade, o resultado foi uma mudança  extraordinária no arbítrio que até então existia. Como escreveu Mises:  ‘’Anulou os privilégios e promulgou a igualdade de todos os homens perante a lei. Transformou as vítimas da tirania em cidadãos livres.”

É verdade que apareceram tiranos, ditadores cruéis no ocidente, que quiseram suprimir a liberdade, mas não foram muito longe. As instituições já haviam assimilado o conceito de liberdade.
Porém a liberdade não foi um conceito adotado e compreendido em todo o mundo.  Há 60 anos Mises escreveu: “A idéia de liberdade é e sempre foi peculiar ao ocidente. O que separa o oriente do ocidente é antes de tudo, o fato de que povos do oriente nunca conceberam a idéia de liberdade. A glória imortal dos antigos gregos era de que eles foram os primeiros a compreender o sentido e o significado das instituições que garantiam a liberdade.
Da Grécia antiga o conceito de liberdade é transmitido aos romanos e mais tarde para toda a Europa moderna e depois para a América. A história da civilização ocidental é o registro de uma incessante luta pela liberdade.”

E a civilização oriental?  China, Japão, Índia e países muçulmanos do oriente, construiram impérios poderosos, realizaram feitos notáveis nas artes, na arquitetura, na engenharia, na literatura, na filosofia. Mas por séculos o oriente se fechou, o modelo de construção destas civilizações baseado na ditadura, no servilismo, na supressão da liberdade se esgotou e esta região deixou de contribuir para o esforço intelectual da humanidade. Enquanto a Europa se iluminava, a civilização oriental mergulhava ainda mais nas trevas:  apatia, indolência, indiferença, perda do vigor e energia, decadência e empobrecimento progressivo.

O Japão acorda somente após a segunda guerra mundial. Com apoio e influência do ocidente salta para um período de liberdade e prosperidade.
A China, arrasada pelo comunismo percebe, já próximo do final do século XX,  que não há outra saída: liberdade aos seus cidadãos para produzir, empreender, crescer, prosperar, apesar de ainda manter um regime político  implacável contra a liberdade de expressão e o direito de escolher seus representantes.
A India, iludida pelo socialismo, só começa a compreender a idéia de liberdade a partir do final do século XX. Nunca é tarde para se dar os primeiros passos.

Porque no Oriente Médio isto não aconteceu? Porque esta região não se deixou influenciar por este extraordinário movimento que surgiu no ocidente?
A região, permeada por ditaduras e monarquias, se isola e não consegue conceber a ideia de liberdade. Formas de cercear a liberdade das pessoas ainda permanecem com muita força nesta região: intolerância religiosa, servilismo, homofobia, punições cruéis para situações que o ocidente já superou, como por exemplo o adultério, prostituição e homossexualismo, apedrejamento em praça pública muitas vezes sem possibilidade de defesa do acusado, proibição às mulheres de estudar, exercer uma profissão a sua escolha, escolher um marido, dirigir automóveis, imposição às mulheres se casarem  ainda crianças, tolerância com a violência doméstica e com o estupro contra as mulheres,  restrições severas ao direito de ir e vir, punições rigorosas a qualquer censura ou crítica ao governo, etc. 
Esta é a triste realidade desta região: enquanto seu povo não compreender o verdadeiro significado de liberdade, os conflitos não cessarão, o ódio ao ocidente não diminuirá,  não  haverá democracia e não deixarão de existir movimentos de ódio e crueldade naquele lugar. Até quando?
Manoel Almeida

A Construção do Bem

Observamos hoje no Oriente Médio a ascensão cada vez maior de grupos radicais e fundamentalistas, com intenções teocráticas e expansionistas, que para atingir seus objetivos, muitas vezes pregam o genocídio de povos inteiros.
O ISIS no Iraque é um deles. Só em agosto estima-se que tenham matado mais de 1.400 pessoas. A Irmandade Muçulmana e o Estado Islâmico são outros exemplos. Pregam a morte aos cristãos, consideram o ocidente como inimigo e defendem a jihad, sua “Guerra Santa”. Não podemos esquecer o Taleban, a Al Qaeda e o Hamas na Palestina. Todos possuem algo em comum: a intolerância. Não aceitam outras religiões além do islamismo, pregam a aniquilação dos homossexuais, dos judeus, a total proibição das liberdades das mulheres, etc.

Como se não bastasse essa expansão de grupos fundamentalistas islâmicos, também outros riscos à paz mundial seguem crescendo, como a fabricação de bombas atômicas por países ditatoriais e de tradição belicista, o expansionismo russo, com a tomada da Criméia e a iminente tomada da Ucrânia, os grupos terroristas aliados aos narcotraficantes na América do Sul e Central, como as FARC, etc. Piratas no mar sequestrando navios inteiros e exigindo resgates milionários para soltar seus reféns. São diversas manifestações do mal crescendo no mundo, já atingindo países da África, partes da Ásia, Leste da Europa,  Oriente Médio e América do Sul.

Como podemos combater essas ameaças às liberdades individuais e à paz mundial? Será que se chamarmos os líderes da Al Qaeda e do Hamas para um chá com bolinhos, conseguiremos convencê-los a aceitarem outras religiões? Será que se dependermos da ONU, uma instituição burocrática e cheia de interesses políticos, vamos conseguir sucesso? Será que uma boa conversa vai fazer com que o Irã desista de construir bombas atômicas e aceite pacificamente a existência do Estado de Israel? É óbvio que não. A única maneira de impedir que o mal se expanda a ponto de promover o genocídio de milhares de inocentes é através do uso da força.

E hoje só existe uma força capaz de se impor para garantir a paz mundial. Só existe uma nação com a tecnologia bélica suficientemente avançada, com estratégias militares bem desenvolvidas, e principalmente com dinheiro suficiente para combater as ameaças à paz mundial. O nome dessa nação é Estados Unidos da América. Provavelmente a nação mais odiada do planeta, os Estados Unidos são um gigante com um PIB de 16 trilhões de dólares, e uma democracia que já conta com quase 250 anos ininterruptos de eleicões diretas. O país, no qual as liberdades individuais, liberdades religiosas e a propriedade privada são totalmente respeitadas, é desde a segunda guerra mundial a nação mais atuante em todos os conflitos no planeta.

Não tenho investimentos nos EUA, não tenho interesse algum lá. Não gosto de filmes de super-heróis, nem de hamburgueres e nem me importo com  a Disney, mas devo me render e dar graças a Deus que a maior potência  do mundo é uma democracia ocidental que preza pela liberdade.
São os Estados Unidos um lugar perfeito? Longe disso, possuem desigualdades e muitos defeitos. Porém, você acha que o mundo seria um lugar mais seguro para se viver, se todos esses recursos estivessem nas mãos do ditador da Coréia do Norte, do Irã ou de grupos fundamentalistas como Hamas e outros?
Manoel de Almeida
10/09/2014

Reparação Histórica - A Novela

Qualquer semelhança com algum acontecimento atual é mera coincidência.

Sou um índio da etnia tupi-guarani. Venho conclamar os brasileiros a reparar uma injustiça histórica, se é que podemos reparar injustiças.

Conforme meus antepassados vêm nos dizendo de geração em geração, meu povo vivia num paraíso, caçando, pescando, criando seus filhos, num ambiente saudável e numa terra preservada.
Um dia, chegou o branco ganancioso, escravizou nossos irmãos, abusou de nossas mulheres, trouxe doenças que não conhecíamos, nos expulsaram de nossas terras e ainda influenciou muitos dos nossos, transmitindo-lhes os malefícios desta civilização ocidental pervertida: bebida alcoólica, drogas, prostituição, pedofilia, consumismo...


Inconformado com tal situação, hoje conclamo todos aqueles que têm pele morena ou escura, pois provavelmente são descendentes dos nossos, para que juntem-se a mim. 


Minha intenção é criar, com sua ajuda, uma grande força em Goiás, com uma base de lançamento de misseis. Nosso primeiro alvo será Brasília. Os misseis compraríamos dos russos, pois os americanos não nos venderiam. Acredito que mandando 100 misseis sobre Brasília todos os dias, chamaríamos a atenção do mundo. Brasília não revidaria, pois a força seria desproporcional, mas mesmo que revidassem seria bom, pois muitos dos nossos, crianças inclusive, seriam sacrificados, martirizados, chamando assim melhor a atenção das pessoas do mundo para nossa causa, pois o sepultamento destas crianças faríamos à vista deste imenso batalhão de repórteres ávidos de notícias. Com a simpatia da comunidade internacional, estenderíamos nossa libertação enviando misseis sobre São Paulo, Belo Horizonte e outras capitais. Os russos têm misseis de longo alcance.


Junte-se a nós nesta imensa cruzada para expulsarmos os brancos desta Terra que é nossa. Vamos devolvê-las a quem realmente tem direito. Vamos fazer justiça, mesmo que tardiamente, pois essa invasão já dura 500 anos. 


Nós índios, com a sua ajuda, poderíamos recompor a mata atlântica praticamente destruída pelos brancos, poderíamos recuperar nossos rios tão castigados por essa civilização ocidental consumista. A Amazônia, o ‘’Pulmão do Mundo’’ deixaria de ser destruída pelos brancos sempre gananciosos, como vem acontecendo. 


Quero voltar a viver neste imenso país, conforme meus antepassados viviam. Você que é cidadão de bem, tem princípios de justiça, junte-se a nós. Aliste-se na ‘’Legião do bem contra o mal’’. Seja um soldado deste exercito da libertação que está se formando.


Manoel de Almeida
Da etnia Tupi Guarani, atualmente morando no Estado de São Paulo, mas em via de se transferir para Goiás. 
10/08/2014

Comunismo X Socialismo

1.       O que é o comunismo: É um sistema econômico onde todos os meios de produção e distribuição de bens, incluindo comunicação, transporte, agricultura, propriedade,  enfim tudo é controlado e pertence ao governo. A propaganda é esta:  “O governo é o povo, então tudo é do povo e para o povo”.

2.      Mas não é também um sistema político?
Sim, a sua implantação somente pode acontecer através de uma ditadura, onde  cria-se um sistema politico de governo baseado na imposição. Não há eleições porque não pode haver contrários (oposição). Só há um partido único que escolhe os dirigentes.  O poder é absoluto e quase sempre concentrado em uma figura suprema, o líder.

3.  Parece ser um sistema ideal, onde todos trabalham para o bem comum. Porque não deu certo?
Neste sistema onde tudo é planejado pelo governo, o individuo é um mero expectador, assim não há estímulo à criatividade individual das pessoas, não há empreendedorismo e o esforço individual não é recompensado. Desta maneira não pode haver eficiência e produtividade, portanto,  é impossível a geração de riqueza.

.     4.  Porque as ditaduras comunistas são brutais?
Em pouco tempo há uma grande insatisfação, descontentamento dos indivíduos mais esforçados. Para que não se rebelem, o governo cria mecanismos de intimidação e terror:  fuzilamentos em praça pública, prisões em regime de isolamento total, proibição do direito de ir e vir, deportação para  campos de trabalhos forçados, etc.

5.  E o socialismo, o que é?
Percebendo que o comunismo é inviável, os pós-formuladores deste sistema, depois de mais de três dezenas de anos “quebrando a cabeça”, concluíram que é possível  um sistema de comunismo mais brando, mais light, inclusive com eleições.  Assim criaram o socialismo. Funciona assim:
·         Aproximadamente 50% dos meios de produção são totalmente controlados e de propriedade do governo, que os socialistas chamam de “essenciais ou estratégicos”  -  produção de energia como petróleo, gás, elétrica, hidráulica, portos marítimos e fluviais, aeroportos, meios de comunicação, sistema de ensino, sistema de transportes, sistema bancário, sistema de saúde. Toleram a propriedade privada, mas impõem severas restrições e intervenções.
·         25% a 30% da economia o governo  “terceiriza”  para as grandes empreiteiras – construção de grandes estradas, aeroportos, portos, refinarias de petróleo, grandes hidrelétricas, ferrovias, metrôs, grandes condomínios de casas populares, etc.
·         Os outros 25%  a 30% da economia o governo repassa para a iniciativa privada, mas com um rígido controle estatal  conhecido como regulamentação. Assim o governo cria as autarquias, agências reguladoras, secretarias, conselhos regionais, ministérios irrelevantes  e outros. No sistema socialista,  o lucro, se  houver, deve ser canalizado para o governo através dos impostos.

6.   O socialismo cria riquezas?
Também não. Cria-se uma imensa burocracia no governo, que paralisa a economia. Não há eficiência. As estatais e os ministérios se transformam em cabide de empregos, onde os cargos de direção são preenchidos não por  competência e mérito, mas por indicações políticas.
As empreiteiras que trabalham para o governo  dependem única e exclusivamente dele - governo. Isto gera um ambiente de toma lá dá cá, isto é,  corrupção acelerada. Este sistema é que mantém os recursos que vão irrigar os partidos socialistas.
Os  25% a 30% da economia nas mãos da iniciativa privada  é que têm que manter todo o sistema funcionando, à custa de pesados impostos.

7.  A quem interessa o socialismo?
Funcionários públicos, maioria,  sindicalistas, ongueiros, burocratas de estatais, cooperativistas que se mantêm com verbas do governo, empresários das grandes empreiteiras, políticos populistas que se vêm como protetores dos pobres e das minorias, associações de classe e outros  que se sustentam com verbas públicas.

8. Como o socialismo se mantém, então?
Um dos objetivos dos políticos  defensores deste sistema é a conquista do poder e se perpetuar nele. Para isto, perceberam inteligentemente, pois socialistas não são burros,  que precisariam  de apoio da população. A primeira tacada foi criar vítimas da sociedade e assim se mostrarem como seus defensores e protetores. Surgem então, basicamente a partir do ano  2000, movimentos  defensores dos  gays,  negros, quilombolas, índios, sem teto, sem terra, trabalhadores de chão de fábrica, craqueiros, cadeirantes e outros, sempre tendo um político socialista  como seu protetor.  Ressurge então  a chamada “luta de classes”  de uma maneira disfarçada, dissimulada.
Outra saída engenhosa foi criar mecanismos de dependência do governo, como as bolsas. Desenvolve-se  uma maciça campanha na periferia, com auxílio de ongs, sindicatos, associações de bairro, igrejas, etc, fazendo a grande massa que chamam de excluídos, acreditar que viver da caridade do governo lhes é um direito assegurado e que tudo ou quase tudo deve ser gratuito:  transporte público, remédios, tratamento médico da melhor qualidade, moradia, alimentação, etc.
Também se vêm como “protetores” do meio ambiente. Você já notou que quase todo ambientalista é socialista/ comunista?
Você já notou também que ditadores “adoram” o socialismo?

9.   E quando dá errado na economia, como é que fica?
Quase sempre dá errado, pela própria característica do sistema. A saída que  utilizam é primeiro dizer que hoje está sendo melhor que ontem e que os descontentes são os ricos e a classe média privilegiada.  A segunda é manipular, isto é, distorcer índices da economia, como inflação, desemprego, crescimento econômico...  criando uma ilusão no povo. A terceira e mais utilizada,  é sempre encontrar culpados e assim se eximir da responsabilidade pelos fracassos: crise internacional, capital especulativo que só pensa no lucro, elite branca gananciosa, consumismo sem limites, empresários que não colaboram,  reacionários que  só querem que as coisas deêm errado  e outras. Também costumam atacar a tecnologia, que segundo os socialistas, cria muitas coisas inúteis que empobrece o planeta exaurindo seus recursos. Costumam citar os EUA como o grande vilão.
Quando não há mais saída nas explicações, a proposta é recomeçar tudo de novo. Se não deu certo desta vez, da próxima dará.

10.    A longo prazo o que acontece?
Aparentemente no início, parece haver sucesso,  com as desigualdades diminuindo, como gostam de festejar. Num prazo mais longo, como não há  riqueza excedente e a população vai aumentando, somente as sobras da arrecadação, quando houver,  não consegue manter o crescimento. A saída utilizada é aumentar a dívida pública e/ou aumentar impostos, mas tudo tem limites.  A longo prazo vem  inflação elevada, desabastecimento, desemprego, insegurança de quem produz, fechamento de empresas, apagões, serviços públicos de péssima qualidade, aumento da violência, deterioração do ensino público, etc, etc,  e num estágio mais adiantado o racionamento de energia elétrica, combustíveis, alimentos e outros bens essenciais.

11.    O socialismo tem aumentado no mundo?
Sim, na África já domina a maior parte do continente. Começa a ganhar força notável na América Latina, especialmente na América do Sul.
Em nosso continente este movimento é liderado, atualmente, pelo Brasil, sendo seguido pela Venezuela, Bolívia, Argentina e mais timidamente  pelo Equador e Uruguai. Há movimentos no Chile e Peru, mas ainda com pouca força. O único país da América do Sul imune ao socialismo, até este momento, é o Paraguay.

12.  E porque tem aumentado?
A resposta é simples: sistema populista onde a povo vive uma ilusão acreditando que amanhã será melhor e que estão protegidos pelo governo: Ah!  Temos um paizão. Dessa maneira, fica fácil para os espertalhões se perpetuarem no poder.

Manoel de Almeida
29/08/2014


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